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'Quiseram matar Charlie, mas o tornaram imortal"



A França está de luto. Espontaneamente, mais de 100 mil franceses saíram às ruas no final da tarde desta quarta-feira, pelos quatro cantos do Hexágono, em uma manifestação silenciosa, pacífica, mas carregada de emoção. 

Um dos tripés dessa sociedade foi brutalmente quebrado. A tão prezada “liberté” francesa foi assassinada quando dois atiradores invadiram a redação do semanário Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas, a maioria jornalistas, deixando outra dezena de feridos.

Charlie Hebdo é um dos principais símbolos da democracia francesa. Seus líderes estão agora mortos por terem defendido ao extremo o direito da liberdade de expressão. Ironizavam políticos e líderes religiosos com charges criativas. Morreram em uma vingança pelo profeta Mohammed, como anunciaram covardemente os atiradores antes da fuga. 

Eles quiseram matar Charlie, mas o tornaram imortal. O semanário é agora o mártir de uma sociedade que, embora unida, se sente cada dia mais ameaçada. Dois dos suspeitos continuam foragidos. Mas o maior temor é o do inimigo invisível, de uma 'islamofobia' palpável e crescente. 

Ontem mesmo, do Palácio do Eliseu, líderes religiosos se uniram em um comunicado para exprimir revolta: “A vida humana é preciosa aos olhos de deus”. 

Pela quinta vez na história da França, o país decretou luto oficial. O ato foi convocado pelo governo francês apenas nas mortes dos líderes políticos François Mitterrand, Georges Pompidou, Charles de Gaulle, e após o atentado de 11 de setembro em Nova York. 

Hoje a França amanhece ferida, mas mais combativa do que nunca. Je suis 

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