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Erundina: "O PT se divorciou de suas bases"

Em entrevista à revista Carta Capital, a deputada Luiza Erundina, fez duras críticas ao PT, partido pelo qual se elegeu prefeita de São Paulo.

"O Partido dos Trabalhadores surgiu com uma base social popular, dos sindicatos, do chão das fábricas, das periferias dos grandes centros urbanos, da luta no campo pela reforma agrária. Foi um momento áureo na história do Brasil, quando as camadas populares passaram a exercer protagonismo na política. Esses grupos viam no PT, além dos demais partidos de esquerda tradicionais, a possibilidade de participar da política institucional. O PT representava, à época, uma esquerda renovada. Um partido que surgiu de baixo para cima, e começou a eleger seus primeiros vereadores, prefeitos, deputados e senadores. Mas esse ciclo se esgota quando o PT chega ao poder, muito cedo, se vermos a história dos partidos políticos no Brasil. Com a eleição de Lula, o PT deixou de lado a luta concreta do povo, dos movimentos sociais, a luta sindical e pelos direitos humanos. Aquelas lideranças populares deslocaram a sua militância da base para as estruturas de governo, para os gabinetes", disse ela.


"O PT deixou de ser um partido de massas, dedicado à formação política das classes populares, dos trabalhadores, dos sindicatos, das periferias. O foco da militância se deslocou. Eles saíram do chão da fábrica, das periferias, dos movimentos sociais e campesinos. Eles entraram para os espaços da política formal. Com isso, o partido perdeu a novidade que carregava. O PT se divorciou de suas bases. Não diria que isso foi intencional, uma ação planejada. A própria dinâmica do jogo político levou a esse distanciamento, a esse divórcio com as bases. De repente, as lideranças populares e sindicais estavam nos espaços institucionais, sem aquela mesma liberdade, criatividade e ativismo que representava o PT. E não havia outro partido que pudesse se aproximar e ser isso que um dia foi o PT. Essas forças sempre estiveram aliadas ao PT, mas agora dentro da lógica do presidencialismo de coalizão."


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