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Muhammad Bekzhanov, um dos jornalistas presos há mais tempo no mundo

“Eu estou deitado em uma poça de sangue por pelo menos alguns dias – sem água, sem comida. Estou tentando lembrar de todas as coisas boas em minha vida, meus filhos, minha esposa. E mentalmente estou me preparando para o fato de que vou morrer”, Muhammad Bekzhanov descrevendo algumas das torturas a que foi submetido na prisão.

Em 1999, as forças de segurança uzbeques torturaram o jornalista Muhammad Bekzhanov, editor de um jornal de oposição que foi banido. Eles o espancaram com cassetetes de borracha, sufocaram e deram choques elétricos, tudo com o objetivo de forçá-lo a confessar ter cometido “crimes contra o Estado”.


No tribunal, esta “confissão” foi usada para sentenciá-lo a 15 anos de prisão. As alegações de tortura de Muhammad foram descartadas no tribunal. Ao fazer isso, o julgamento violou padrões internacionais de justiça.


Dezesseis anos depois, Muhammad permanece na prisão. Apesar das inúmeras reclamações de seu advogado e da família, as autoridades nunca investigaram suas alegações de tortura. Ele deveria ter sido libertado em fevereiro de 2012, mas pouco antes disso, ele foi condenado a mais quatro anos e oito meses por supostamente ter violado as regras da prisão.


O caso de Muhammad não é único no Uzbequistão. Homens e mulheres em um dos países mais repressivos do mundo são cotidianamente pressionados a assinar confissões nas formas mais brutais imagináveis. Tribunais confiam fortemente nestas chamadas “confissões”, enquanto juízes costumam ignorar ou rejeitar alegações de tortura.


O presidente do Uzbequistão pode mudar isso. Ele pode assinar um decreto instruindo os legisladores a alterar o Código de Processo Penal para proibir explicitamente o uso da tortura para obter confissões, e assim pôr fim ao uso de tortura para obter confissões e à utilização em tribunal de provas obtidas por meio de tortura.


Juntos podemos persuadir o presidente do Uzbequistão a acabar com a prática de tortura para fazer com que pessoas assinem confissões falsas. Assine agora!


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