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Ganhos, perdas e os desafios na reforma do ensino médio

O compromisso do novo ministro da educação com a priorização da reforma do ensino médio nos leva à reflexão do contexto da juventude no Brasil hoje. 

Segundo dados do IBGE, a proporção de estudantes de 18 a 24 anos que estão na universidade saltou de 32,9%, em 2004, para 55% em 2013. 

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, o estudo mostra que a combinação de aumento da renda das famílias, criação de programas de inclusão de jovens pobres nas universidades e implementação do sistema de cotas raciais está mudando o perfil do estudante universitário brasileiro.

Por outro lado, os últimos dados do Saeb, Sistema de Avaliação da Educação Básica, divulgados em dezembro de 2014, demonstraram que houve um retrocesso em relação a 2011. De acordo com levantamento feito pelo Todos Pela Educação, baseado nesses dados, apenas 9,3% dos estudantes do 3º ano do Ensino Médio tiveram um nível de aprendizado considerado adequado em Matemática, e 27,2% em Português. Em 2011, os percentuais forma de 10,3% e 29,2% respectivamente.

Recentemente, foram divulgadas as notas do Enem no qual 500 mil estudantes tiveram nota zero na redação e,assim como no Saeb, houve uma piora em relação aos dados do ano anterior. Pela primeira vez, o Inep passa a relacionar a nota com o nível socioeconômico e os resultados mostram que a diferença entre escolas privadas e públicas é de menos de 5% no mesmo estrato socioeconômico. 

Os estratos muito baixo e baixo apresentaram os piores resultados, ficando abaixo da média brasileira. O estrato médio situa-se um pouco melhor, embora também abaixo da média e somente o nível socioeconômico alto e muito alto ultrapassaram a média nacional.

Esses resultados comprovam que as desigualdades educacionais refletem as enormes desigualdades sociais do país,e a melhoria da qualidade da educação passa pelo enfrentamento dessa problemática. Nesse sentido, a reforma do ensino médio precisa levar em conta esses dados de modo a propiciar as condições de infraestrutura escolar, material didático e professores capacitados de acordo com as diferentes realidades do país. É preciso pensar em ações afirmativas para as escolas que apresentam resultados mais baixos para que possamos oferecer maior igualdade de oportunidades e assim cobrar por melhores índices.

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