Pular para o conteúdo principal

Hacker que derrubou sistema do Tribunal de Justiça do RS é preso na Paraíba

Um homem de 23 anos foi preso pela Polícia Civil nesta terça-feira (22), suspeito de ser o responsável pelo ciberataque que tirou do ar o site e o sistema de processos eletrônicos do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) em março deste ano.

A prisão aconteceu em Guarabira, cidade do interior da Paraíba.

Segundo as investigações, o hacker — que usava o codinome "Federal" — coordenou e transmitiu ao vivo, pela deep web, o ataque de negação de serviço (DDoS), que sobrecarrega os servidores com acessos simultâneos até deixá-los indisponíveis. O sistema afetado foi o E-Proc, plataforma usada para consulta e movimentação de processos judiciais online.

Durante o ataque, que ocorreu em 26 de março de 2025, o site e o sistema do TJRS ficaram fora do ar por quase 24 horas, o que impactou diretamente a realização de audiências e o andamento de processos no estado. Na ocasião, o criminoso chegou a oferecer pagamentos via Pix para quem ajudasse a derrubar o sistema, incentivando ações contra servidores públicos e sistemas governamentais.

Operação “Negazione”

A ação que levou à prisão foi batizada de “Operação Negazione” e foi conduzida pelo Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC) do Rio Grande do Sul. Além da prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. A polícia recolheu dispositivos eletrônicos, mídias de armazenamento e documentos que ajudarão a identificar outros membros do grupo envolvido no ataque.

De acordo com o delegado Marcos de David, o criminoso não exigiu dinheiro nem furtou dados: ele teria cometido o ataque apenas para demonstrar habilidades técnicas e ganhar reconhecimento entre outros hackers.

Ataque foi transmitido e documentado na deep web

As autoridades descobriram que o passo a passo da ação criminosa foi compartilhado em fóruns na deep web, o que levantou a suspeita de que o autor estava tentando atrair novos participantes para ataques semelhantes. Um dos alvos citados em conversas do grupo seria o Supremo Tribunal Federal (STF), com ameaças de deixar o site “fora do ar por 24 horas”.

O ataque contou com uma botnet internacional, composta por mais de 2 mil dispositivos infectados e controlados remotamente, espalhados por diversos países. Essa rede de computadores foi usada para gerar o tráfego que derrubou o sistema do TJRS.

Histórico e próximos passos

O investigado já tinha histórico de crimes digitais, como fraude eletrônica e estelionato, além de envolvimento com venda de dados sigilosos. Agora, a Polícia Civil trabalha para identificar outros integrantes do grupo e apurar conexões com ataques a outros órgãos públicos no Brasil.


Quer ficar por dentro de mais notícias sobre crimes cibernéticos, segurança digital e tecnologia? Continue acompanhando nosso blog.

Segue lá no Instagram.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Você perdoaria?

Segue lá no  Instagram.

Janja ganha poderes

Segue lá no  Instagram.

Roblox

Segue lá no  Instagram.